Arquivo | setembro 2011

ESTOU APAIXONADA

 

Como tudo o que acontece na vida um dia desses me apaixonei,

foi de repente, sem querer. Num simples dia me peguei em um sonho, unicamente sem razão. Desculpe este jeito de ser
de olhar você sentir seu perfume no ar e sonhar ver nas nuvens:
meu olhar quando penso em ti desculpe;
desculpe meu descuidado ingênuo
atrapalhado e confuso sentimento. Quando toco suas mãos
me sinto desnuda, enquanto meu coração explode, fico engasgada e sem falas, posso sentir o chão se abrindo desculpe; desculpe se entendi errado, se olhei meus olhos nos seus, se fiquei atordoada, se suei e gaguejei quando falou comigo, se balbuciei seu nome
quando pensava estar sozinha desculpe; se pudesse estar ao seu lado apenas para receber um olhar e isso não fizesse estremecer minhas pernas, sem coragem para dizer o que sinto e no crédito de saber que não minto retribuísse este sentimento bonito me fizesse a mulher mais feliz deste mundo não sentiria este peso profundo de ter que me desculpar pelo tímido medo de não saber me apaixonar. Me desculpe! esse amor é impossível, que agora demora, mas é porque Deus está caprichando.

CIÚMES

Olhar pro lado, virando o pescoço pode dar dor de cabeça no relacionamento?
Antes que vocês pensem que a Marjorie surtou de vez, foi só uma forma de começar a falar de algo extremamente complexo num relacionamento, não necessariamente só nos relacionamentos amorosos especificamente, mas será neles que focaremos… o CIÚME.

Acho que se têm muitos pontos de vista de abordar o mesmo tema, mas primeiro é pensar quais são os malefícios/benefícios desse tipo de sentimento?

Quem SENTE ciúmes: Tende a ser/ficar uma pessoa com mais angústias… pensando onde o outro está, o que faz, será que ele estava olhando mesmo para aquela menina? Será que ele não está mentindo pra mim? E outras gamas de paranóias do tipo e isso pode ser muito autodestrutivo e negativamente significativo. Em contrapartida, você demonstrando isso, impõe certo “limite” para o parceiro, é uma forma de não transformar o relacionamento em um “oba-oba”.

Quem é ALVO dos ciúmes: Tende a ficar sempre na defensiva em relação ao parceiro, pode deixar de fazer coisas “ingênuas” que gostaria por medo de provocar o ciúme alheio. Só que também é uma forma de se sentir “amado”, dá uma confiança ao relacionamento e pode levantar um pouco a auto-estima.

Vendo assim, parece-me que é melhor ser alvo de ciúmes do que senti-lo, que não parece trazer nenhum benefício de fato, além desse de “controle”.
Então, ter ciúmes ou não? Até onde ele é válido e quais são os “limites”?

Acredito que um relacionamento desprovido de ciúmes é quase que impossível, por menos apreço que tenhamos por algo, sempre vamos sentir um leve incomodo por ver este algo (que no caso é a pessoa) em outras companhias, em outras mãos…

Eu tenho por experiência um relacionamento em que eu demonstrava (e sentia) muito pouco ciúme, o que o deixava extremamente incomodado, inseguro e reagia “automaticamente” tentando me causar ciúme, o que era bem chato…
E do meu lado, vivia com uma pessoa ciumenta, que achava que qualquer atitude minha poderia ser uma tentativa de olhar/querer outra pessoa, desde possuir muitos amigos, como recados no Orkut, ligações no cel ou então um homem passando na rua que ele teimava em dizer que eu estava “secando”… minha reação era lhe contar o menos de coisas possíveis que poderiam lhe gerar ciúme, o que me deixava menos “sincera” e menos confortável de falar o que quisesse com ele.

Deve haver um limite no ciúme sentido e no demonstrado, pois quando você precisa fuçar na carteira/celular do namorado (a) as coisas deixam de ser algo “saudável”. Quando qualquer olhada pro lado se torna “uma secada” e todo amigo se torna alguém que quer lhe traçar, aí os limites podem estar indo para as cucuias (normalmente com o relacionamento junto).

Pra finalizar, acho que é sim algo saudável algum tipo de ciúme, mas bem pouco hehe, aquele em tom de brincadeira com um fundo de verdade… só pequenas demonstrações de vontade de ter a pessoa pra si… creio que ajuda, dá confiança e é uma “faísca para manter a chama acessa”. Mas quando ele é recorrente, rotineiro e se torna um limitador entre o casal e motivo de brigas e paranóias, aí ele está por fora…

AHHHHH, OS MENINOS….

Muitos discursos masculinos são feitos a fim de que se esclareça que o ideal de corpo pregado pela mídia, em muitos casos não corresponde ao gosto dos moçoilos de plantão. E é louvável que eles exponham tais opiniões, já que as gurias tem temporadas de fúria com sua carcaça, transtornos alimentares, cirurgias, horas de academia, salão de beleza e tudo mais.
Pois bem, mas há uma variação disso, os caras que começam a ficar encafifados com a aparência, se isolam, não saem de casa, se escondem atrás de enormes camisas pólo do cavalinho, se sentem feios, incapazes, fazem loucuras para mudar… mas po, as meninas gostam! Quer apostar?
Clichê, mas verdade maior é que existe gosto pra tudo. Há as taradas pelos felpudos, homens-ursos de toda a sorte, que sonham em deitar em um peito peludo; há também as admiradoras de um pouca-pena, lisinhos, lisinhos. Algumas preferem os gordinhos, acham gostosos, adoram apertar, serem apertadas, acham bonitinho, acham sexy, piram! Outras gostam dos magrelos, um rapaz ao estilo “me dê Sustagem”, acham um charme a saboneteira, os ossinhos do calcanhar, o rosto fino… sim, gostam. Tem as que preferem os bombados, os naturais, as variações magrelo-com-barriga, fofinho pero sem barriga, rosto cheio e magrelo, rosto magrelo e cheinho, e por aí vai. Também existem as preferências por partes: barba por fazer, barba bem feita, bigodinho ao estilo Diadema, carecas, cabeludos, cabelo-mauricinho, olhos claros, escuros, bocão, boquinha, pescoçudos, narigudos, os “na média”, ombros largos, veias salientes, as admiradoras de canelas, de dedos, de tuuudo!
Existem também as mulheres-temáticas, escolhem os caras por tema, tipo: os que tocam em banda (aí existem as sub-divisões: maria-baqueta, maria-palheta, etc), os que fazem faculdade disso ou daquilo, os que surfam, os que tatuam, os que jogam futebol, basquete, xadrez, Counter Strike, skatistas, regueiros, executivos, portadores de carro, casados, divorciados, professores, médicos, bombeiros, policiais, e por aí vai.
Mas no fundo, no fundo do fundo mesmo, eu lembrei de uma cena genial de um dvd do House… era assim: um menininho que estava na cadeira de rodas reclamava com um dos médicos que ainda não tinha passado por nenhuma experiência com garotas, se achava feio, algo do tipo; o médico falava pra ele ler bastante, porque no final das contas, elas iriam preferir os nerds. Haahahahahah, não que necessariamente todas cabem preferindo os homens-enciclopédia, mas que boa parte considera bem mais o que vem de dentro, em termos de sentimento e de conversa, conteúdo e de alguém que realmente SE conheça… ah, isso é verdade.

O MITO DA MULHER FELIZ

Há quem diga que felicidade é algo extremamente relativo, talvez até inatingível. Sábios são os que proferem essas palavras, porque, no maldito senso comum a felicidade não tem nada de relativa… ela é relativamente dependente de diversos fatores que são cuspidos da boca de qualquer um por aí. Duvida? A situação piora quando você é mulher, jovem, sei lá… até mais velha. A felicidade é associada a coisas como namorado, carro, faculdade e por aí vai. Sem contar que esses três dão um trabalho imenso, até mais dor de cabeça do que qualquer outra coisa, mas que às vezes é uma dor de cabeça muito bem aceita e bem-vinda; até gostosa, vai. Enfim, mas parece que quando você não tem a coisa chamada namorado, você é vista como infeliz. Verdade ou impressão minha? Os mais espertinhos podem falar que isso é uma espécie de auto-juízo que eu fico jogando para os outros, mas não é não. É que quando falta o tal macho na área, parece que falta muita coisa na sua vida. Todo mundo passa a perguntar do namorado, daquele lá que você tinha, depois perguntam dos novos “nenhum rolo?”, “Não conheceu nenhum cara legal?”. É assim… e não, eu não conheci, qual o problema? Ah, e tem mais. Se você ta sozinha e tem um piti é porque é mal-comida, ou falta de homem ou coisa que o valha. Mas gente… as solteiras sublimam! Tem o sexo casual, claro. Também tem diversos meios de lidar com isso. E não, definitivamente, não é a falta de homem que nos faz mal. É a falta de semancol dos outros. Arght! Dá pra se feliz sozinha, quer seja só uma fase, quer você tenha optado por isso. Dá pra pegar um cinema sozinha, dá pra se cuidar melhor, dá pra ter tempo pra si mesma. A vida não é só se preparar para os outros, mas, sobretudo, se preparar para si mesma.

COISA DE PUTA

Frente a algumas situações, propostas masculinas, ou até frente às próprias vontades, muitas mulheres se pegam com o pensamento de que “isso é coisa de puta”. Cito exemplos: unhas vermelhas, uma lingerie ousada, maquiar-se, aceitar arranjos sexuais que saiam do padrão papai-e-mamãe, pênis/vagina… hmmmm, algumas donzelas reagem enrubescendo, desviando os olhos ou com os dizeres de que isso não cabe a uma moça que preste.
Primeiramente muitas de nós não queremos atender ao estereótipo da “moça que presta”, porque, veja bem, quem presta, presta para alguém ou para alguma coisa, certo? E mesmo no auge do mais profundo fundo do poço, à única pessoa para a qual eu quero prestar é para mim mesma. E tem muita gente que pensa assim – ainda bem.
Segundo que, ainda que sejamos acometidas pela maldita culpa judaico-cristã, ainda que relembremos sermões da igreja, aulas de catequese e o sonho da sua avó de te ver bordando, é foda controlar as vontades de dentro. De dentro da calça, de dentro do coração, vai saber.
Portanto, se você tem vontade de encarnar a pombagira, vá lá, garota! E se monte!
Observei que o aspecto angelical assassina a puta interior de qualquer mulher – e essa puta interior às vezes sustenta relações – após alguns fatos marcantes como casamento, maternidade ou entrar em um relacionamento “estável e respeitoso”. Talvez isso se deva ao fato de que a mulher, ao receber o título de esposa ou mãe, sobreponha esses a sua condição natural de mulher; mulher guerreira, trabalhadora, sensível e forte, sexy sim senhora, atraente mesmo cansada, inteligente, refinada, mulher, menina e amante; amante romântica e amante ardente (ui!).
Ainda que não esteja mais no ápice da juventude, nem com o corpo desejado, nem com o cara desejado – vai saber – cultivar essas pequenas ousadias femininas relativas ao charme faz um bem danado.

DEIXE OS HOMENS EM PAZ

Eu realmente não sei por qual motivo, mas ultimamente ando com pena dos homens. No geral mesmo, sabe? Dó destes pobres seres da espécie masculina que na sociedade atual são praticamente coadjuvantes. São diversos os segmentos que viraram a cara pra eles e agora só querem saber das mulheres. Revistas, televisão, filmes, livros, tudo baseia-se em ‘O que as mulheres querem?’. E o que os homens querem? Vocês por acaso já sabem? É isso? Quanta injustiça. Os pobres coitados não podem mais trocar a namorada pelo futebol, não podem ficar gordos ou carecas, não podem ser peludos demais e nem baixinhos. Não podem reclamar de ter que andar no shopping com a companheira, não podem ganhar mais que as mulheres na empresa, não podem chegar em casa e ficarem sem fazer nada, não podem ter um pênis pequeno e muito menos chorar. Pobres diabos. Com essa pressão toda e até derramar algumas lágrimas lhe é proibido. Na boa, eu como representante do sexo feminino tenho cacife pra falar que as mulheres andam muito egocêntricas. Onde você olha tem uma falando ‘eu trabalho, estudo, cuido da casa, do marido, dos filhos, vou a igreja, dou atenção as minhas amigas, faço pole dance’. Tudo bem garotas, já foi entendido que vocês estão cada vez mais conquistando um espaço que anos atrás lhe eram impossível de ter. E o porquê disso? Porque eles, os homens que vocês tanto falam mal agora, deram uma brechinha, mesmo com um pouquinho de pressão é lógico, mas ofereceram um canto pra vocês se desenvolverem. Calma, vou logo explicando que não sou nenhuma machista e muito menos feminista. Vejo-me mais como humanista e essa reclamação toda em relação ao comportamento dos moços, me incomoda. Sabe, deixem eles de mão um pouco. Tudo o que vocês falam é que querem um namorado inteligente, que cozinhe, que seja sensível, bem-humorado, rico, de boa família, viril, aventureiro, bom pai.  Olha, não é pedir demais não? Desculpa, mas creio que nem o tal do Jesus era tão perfeito assim, ok? Por isso, largue de serem chatas, parem de olhar só pro umbigo de vocês e reparem melhor no rapaz ao lado. Ele não lhe quer mal, ele lhe admira e até mesmo aceita de boa vontade uma Chefe de Estado do sexo feminino. Lembrem-se mulheres, não foram eles que mudaram ao longo dos anos, fomos nós. Dêem um tempo, séculos de individualismo não se alteram de uma hora pra outra. E se continuar assim, vocês é que estarão trazendo de volta a época da opressão, só que desta vez, o poder seria nosso. E qual a graça disso? Nenhuma, melhor lutar lado a lado do que um ficar contra o outro. E por isso repito, deixem os homens em paz.

MEU FANTASMA PREFERIDO

Isso soa como idiotice, mas ultimamente eu tenho me imaginado de frente com você, tocando no violão suas músicas favoritas. Será que você desviaria o olhar se eu cantasse para os seus olhos? Mas eu não sei tocar violão e você sabe disso.
 Queria já estar acostumada com o barulho que você deve fazer quando coloca as chaves em cima da mesa, ou saber que você chegou de ouvir o som da porta bater. Mas nossa rotina não se cruza dessa maneira, estamos longe e isso me consome.
 Acho que nunca te contei, mas eu ainda acordo de madrugada procurando por você. É que o seu nome ainda não consegue me descrever seu perfume. Tem noites que paro pensamentos em como eu gostaria que meu travesseiro fosse seu peito, porque nessas últimas semanas, eu tenho dormido de lado só para que você caiba na minha cama.
 

A verdade é que paraliso toda vez que passo por alguém que tenha nos cabelos e olhos a mesma cor dos seus. E quando já nunca te esqueço, todo canto me faz te lembrar, você cabe em todos os lugares. Bem que poderia estar aqui para apagar as luzes e beijar a minha boca e dizer que me ama.
 O que será que você faz enquanto escrevo? Tenho inveja de qualquer uma que te conquiste a atenção, e tenho ciúmes de todos os seus sonhos. Tenho raiva daqueles que te querem, e tenho vergonha de admitir. Tenho muito medo dos seus planos e de não estar neles. Tenho tanta sorte de me sentir como sinto, mas sei também do azar que é não poder te encaixar o tempo todo aqui comigo. Tenho pensado bastante em nós e no que – ainda – não somos. Odeio estar (ainda) tão apaixonada, mas é o que mais me faz sorrir.

NÃO É BEM ASSIM…….

Hoje resolvi passar em letras algumas reflexões que fiz sobre o manuseio do sexo. Não, não o manuseio propriamente dito de mão-na-coisa, coisa-na-mão, coisa-na-coisa… o manuseio que seria melhor traduzido como o manejo da situação de sexo pra algumas mulheres.
Depois de ficarem / namorarem um sujeito e transarem com ele…e, principalmente, depois que o relacionamento / rolo acaba… algumas gurias dizem que “foram usaaaaaaaaaaadas” pelo simples fato de que deram para o cara. Opaaaaaaaaaa, péra lá. Abrir as pernas não é um ato involuntário; muito pelo contrário, exige milhões de operações cerebrais e um investimento de libido intenso. Portanto, senhoritas, se o rapaz não foi usado e tão bem usado quanto você, azar o seu, perdeu a chance!
Outra coisa que me deixa emputecida é a capacidade do mulheril de usar o sexo como barganha, principalmente no que diz respeito à “amarrar o homem”, resolver cerrar as pernas a fim de que o bofe firme um compromisso mais sério. Ah, minha opinião, modesta opinião, é a de que isso não funfa… primeiro porque já passou da hora de confiarmos em nós e nas relações em que nos enfiamos, ainda que elas se dissolvam facilmente hoje em dia. Vale confiar no momento (sempre lembrando de SE cuidar), de deixar toooda aquela auto-confiança vir a tona e experimentar antes de criar expectativas em demasia, de fantasiar e sonhar alto.
Uma reflexão pós-seriado (no caso, com uma citação do Dexter lindomaravilhosoooomeenrolaemfilmeplásticooooo!), de que as mulheres ficam mais hmmmm, sensíveis após o sexo não é regra. Se o sexo for casual e cê esperar a tal sensibilidade, tá na roça, amigo. Massss se o envolvimento for um bocadinho mais intenso, aí sim, a sensação é a de que as coisas chegaram a um outro nível. É importante que ambos saibam manejar (ui) isso bem, sem cobranças de demonstrações exageradas de afeto, sem cair na armadilha da busca desenfreada por algo que lhes dê segurança… aí acho que entramos numa situação similar à citada anteriormente, do sexo como barganha. Damos esperando receber (segurança, firmar um compromisso, envolvimento “forçado”, etc.), e não é bem assim…

 

NINGUÉM É PERFEITO

Saber viver… e respeitar ao próximo. Existem situações, que temos que nos fazer de cegos surdos e mudos mesmo que nos chamem de loucos. Pois como já se diz, de médico e louco todos nós temos um pouco.
Existe sempre uma barreira na nossa frente querendo entupir nossa mente.
Sempre obstáculos a serem oferecidos. E jamais poderemos nos dar por vencidos. Sempre uma nova pedra lançada.
Mas não podemos deixar, que a nós ela seja alcançada. Para levarmos a vida sem problemas fúteis. Não vamos nunca responder as provocações se pedras te jogam, use-as para construir tua muralha. Se obstáculos lhe são oferecidos. use-o como desafio. Se barreiras, lhe aparecem, use-a como diversão, escale-a. Se alguém falar de você, veja que você tem existência.
E a muitos provocam com a sua aparência. Mas nunca perca sua resistência.
Se alguém lhe falta respeito, não discuta com esse sujeito. Deixa que a vida se encarregue. de cuidar deste, com jeito. Se não te aceitarem como você é…
não se incomode por ser julgado, cada um tem o seu jeito, seja grosso ou afinado. Cada um tem o seu jeito próprio e um mundo a ser conquistado.
Então não dificulte sua vivência vivendo sua vida com abstinência, permitindo que os outros te tirem a paciência. Comece sua boa vivência, não vivendo no mundo de aparências e cuidando da vida dos outros com frequência. Podemos todos viver bem, mas nunca atirando pedras em alguém, telhados de vidro, quem não os têm? bons cuidados lhe convém…
Pois o que vai vem…. Vamos procurar nesse mundo viver bem, mas sem querer passar por cima de ninguém. Erros e defeitos quem não tem?
O certo é você cuidar dos que você tem. E não se preocupar com os erros e defeitos de alguém. Pois ninguém é perfeito, se perfeito os fosse…
Talvez, seriamos vistos como anormais….

EU SEMPRE QUIS…..

Ainda que fosse só a boa conversa, os risos sem motivos, os planos do futuro, a química eletrizante, o sexo livre. Ainda que fosse só a atração física, a admiração das ideias ou os beijos encaixados. Você já me valeria a pena. Mas não é. Tem isso e ainda todo o resto. Escuto as pessoas se queixarem repetidamente que o amor completo anda escasso no mercado. Encontra-se, às vezes, só a beleza, a afinidade ou o sexo inesgotável. Falta o resto. Ou ainda, a paciência, o companheirismo, o aconchego. Mas a incompletude, ainda sim, reina. E os pessimistas, dizem que não é possível achar alguém do jeitinho que você quer. Alguém que te complete, que te baste, que te encante repetidamente. Eu, insisto no contrário. Porque amores incompletos, não saciam a fome. É como uma dieta só de proteína – você se sustenta por um tempo, se engana, inventa que o buraco no estômago está saciado – bebe água. Mas, a falta de carboidrato, cedo ou tarde, pega. E você volta pro início. Eu nunca quis um amor perfeito. Sempre quis mesmo foi um amor cheio de erros, que vão sendo alinhados durante o caminho. Porque se tudo já começa certo, não vive-se o prazer da vitória. Sempre quis um amor quentinho, daqueles de aconchego no fim de tarde, de colo depois de um dia de cão, de beijo no nariz ao acordar. Sempre quis um amor livre – sem a ideia desajustada que um pertence ao outro. Com menos regras ditadas – e mais pontos de vista ouvidos. Sempre quis alguém com o qual pudesse fazer sexo sem regras – em nome das descobertas. Porque sexo bom de verdade, é aquele com instinto e sem razão. Sempre quis um amor com respeito. Não daquele tipo das “moças de respeito” que querem seu patrimônio corporal preservado. Sempre quis aquele respeito que te permite ver o outro como um outro ser – cheio de vontades e desejos. Respeito é aceitar que o outro é diferente de você. Sempre quis um amor que me fizesse crescer. Por que o essencial, faculdade nenhuma ensina. O essencial aprende-se na troca de ideias, no debate, nos pontos de vista trocados. Sempre quis um amor que me valorizasse. Não somente pelas coisas cotidianas, mas principalmente pelas qualidades que poucos enxergam. Sempre quis um amor que me enxergasse. Mas não que enxergasse somente as coisas óbvias – porque, de obviedades, a vida está cheia. Sempre quis alguém que me enxergasse lá no fundo – e, ainda, sim, gostasse de mim. Sempre quis alguém que quisesse ouvir verdades – e falar, também, na mesma proporção. Porque meias-verdades não interessam. Difícil mesmo é achar alguém que esteja pronto pra ouvir até o mais pesado, até o mais doído e retribuir na mesma moeda. Sempre quis alguém que me achasse atraente – mas que visse que isso, mora mesmo nas entrelinhas. Sempre quis um amor que me mostrasse caminhos – invés de impor trajetórias. Sempre quis um amor que não me reprimisse – pelo contrário, que me provocasse para que eu conseguisse mostrar o que vive escondido lá no fundo. Sempre quis um amor que sonhasse. E que corresse atrás dos sonhos comigo. Não por imposição, mas por vontade de seguir a mesma trilha. Sempre quis alguém que não tivesse jeito pra joguinhos. Porque deles, eu já me desencantei na adolescência. Sempre quis alguém que me ganhasse nos detalhes. Alguém no qual eu não conseguiria resistir. Alguém que trouxesse brilho pros meus olhos a cada nova atitude, a cada nova ideia a cada novo sorriso. Sempre quis alguém pra ficar junto – alguém que entendesse que pra estar junto não é preciso estar perto o tempo todo, mas sim do lado de dentro. Por que a proximidade física nem sempre completa tanto quanto a do coração. E não sei se foi por insistência ou merecimento – mas esse amor veio antes do esperado, contrariando os que diriam que amor completo é coisa rara. E hoje, entendo, que o amor bom é o amor livre – que se recicla todos os dias como energia renovável. O quanto vai durar – não sei. Prefiro a provisoriedade completa, do que a permeabilidade vazia.